Quando falamos de privacidade e segurança na internet, há muitas dicas sobre como se proteger e verdades consolidadas entre os usuários comuns. Mas será mesmo que tudo o que se diz sobre o tema é verdade?
Para ter uma navegação realmente segura, é importante saber não só por onde começar a se proteger, mas também como evitar práticas que comprometam a segurança. Ou seja: é fundamental conhecer os mitos tradicionais e garantir que sua proteção seja contínua.
Para ajudar você nesse processo, preparamos a lista abaixo com cinco mitos tradicionais sobre privacidade e segurança na internet. Confira!
1. DADOS “ANONIMIZADOS” SÃO REALMENTE ANÔNIMOS
Uma prática comum e recomendada por vários governos quando se trata do uso de dados para a prestação de serviços e formulação de processos é a anonimização. Nessa rotina, um conjunto de dados é processado e modificado para remover todos os pontos que possam levar à identificação direta de uma pessoa.
Assim, serviços como os de anúncios direcionados podem montar o perfil de uma pessoa sem necessariamente saberem com exatidão quem é ela. Mas esse processo nem sempre é capaz de tornar o usuário realmente invisível a terceiros.
Com um grande conjunto de registros (atualizado e diversificado), muitas vezes é possível realizar um processo de engenharia reversa para encontrar determinada pessoa em uma pilha de dados. Por isso, a única maneira de realmente ter o anonimato garantido na web é bloqueando a coleta de informações pessoais.
2. SEGURANÇA É SINÔNIMO DE PRIVACIDADE
Muitas pessoas confundem os conceitos de privacidade e segurança na web. Porém, estes são conceitos diferentes e, via de regra, ter acesso a um deles não implicará em outro. Ou seja: para ter uma navegação confiável e robusta, é crucial entender o que esses termos realmente significam.
A privacidade online está relacionada à capacidade de utilizar serviços sem ser identificado diretamente. O conceito trata da baixa (ou nula) coleta de informações dos usuários online.
Já a segurança digital envolve a manutenção de informações em ambientes seguros e protegidos contra o uso por terceiros de modo ilegal. Em outras palavras, esse termo está ligado à manutenção da integridade, da inviolabilidade e da disponibilidade de informações privadas.
3. HACKERS SÓ SE INTERESSAM POR PESSOAS FAMOSAS
Outro mito tradicional quando falamos em privacidade e segurança na internet é a ideia de que estamos protegidos por não sermos pessoas de interesse. Mas esse é um erro grave e que pode nos expor a situações nas quais senhas pessoais e números de cartão de crédito são vazados.
No ambiente moderno, os maiores ataques focam na quantidade de informações obtidas e não apenas em quem é o dono delas. Hackers buscam atingir negócios de todos os tamanhos e perfis, assim como pessoas comuns, invadindo aparelhos, redirecionando o acesso a páginas falsas ou mesmo roubando dados diretamente.
Obter muitos registros permite a criação de grandes bancos de dados, que são vendidos online por valores elevados. Eles contêm registros como dados de cartão de crédito, senhas de serviços de jogos online ou streaming e até mesmo informações privadas. Por isso, temos sempre que nos considerar vítimas em potencial.
4. O ANTIVÍRUS É CAPAZ DE PROTEGER CONTRA QUALQUER ATAQUE
O uso de antivírus se tornou um comportamento padrão para grande parte das pessoas. No Windows, aliás, trata-se de um software ativado logo no primeiro login. Justamente por isso, muitos costumam acreditar que basta utilizar tal solução para se proteger.
Mas esse é um erro grave, pois os softwares antivírus conseguem identificar e bloquear apenas um número limitado de ameaças. Além disso, não são capazes de impedir que algumas técnicas de roubo de dados ocorram.
Portanto, ao utilizar a internet, várias técnicas e soluções podem ser adotadas ao lado do antivírus. O firewall, por exemplo, bloqueia ataques que envolvem a invasão de uma rede. Já a VPN permite ao usuário utilizar uma rede WiFi pública sem que terceiros tenham acesso a seus pacotes, aumentando a privacidade e a segurança na internet.
5. AS REDES 3G OU 4G FORNECEM UM MAIOR NÍVEL DE SEGURANÇA DO QUE O WIFI
Em muitos casos, é isso que ocorre — normalmente, aliás, as redes de WiFi públicas são apontadas como a forma mais insegura de se utilizar a web. Porém, até mesmo redes sem fio 3G e 4G podem ter a segurança comprometida.
Existem kits que permitem a um hacker emular o sinal de uma rede de operadora em uma pequena área para o roubo de dados. Nesses casos, os telefones confundem o sinal fraudulento com um legítimo e se conectam à antena do hacker.
Ela estará conectada a um sistema capaz de analisar todos os pacotes enviados e recebidos, assim como fazer o redirecionamento das conexões a páginas fraudulentas ou mesmo ao site solicitado. Desse modo, o usuário terá suas informações roubadas sem perceber. Para se proteger, a melhor abordagem é investir em uma boa VPN.
Usar a internet de maneira segura é algo crítico para qualquer pessoa que tem um smartphone ou computador. Práticas como a adoção de senhas complexas, a atualização rápida de aparelhos e uma boa VPN reduzem riscos de segurança e evitam ataques tradicionais. Desse modo, o usuário pode utilizar a web sem correr o risco de ter dados pessoais expostos a terceiros.
Mas, para que tudo dê certo, as boas práticas de privacidade e segurança na internet devem ser mantidas continuamente. Apenas dessa maneira será possível evitar ataques e garantir que nenhum aparelho fique exposto. Portanto, sempre incorpore técnicas tradicionais ao seu dia a dia e evite cair em mitos tradicionais.
Fonte: Blog Intnet